Apneia obstrutiva do sono

Apneia obstrutiva do sono afeta pelo menos 20% das pessoas após os 65 anos de idade. Ela causa hipóxia intermitente e fragmentação do sono, podendo afetar estrutura e função do cérebro.

Alguns estudos confirmam que a apneia obstrutiva do sono em adultos na meia idade está associado com déficits em múltiplos domínios cognitivos. Atenção, vigilância, memória episódica, memória de trabalho e função executiva são os domínios mais comumente afetados; enquanto habilidades psicomotoras, linguagem e função viso-espacial são menos comprometidas.

O tratamento da apneia obstrutiva do sono, como a pressão positiva (CPAP) é efetiva na redução dos eventos de hipopneia e apneia. Entretanto, é frequente o paciente sofrer de apneia obstrutiva do sono por muitos anos antes de ser diagnosticado e tratado. Se o tratamento com CPAP pode reduzir, interromper ou reverter os processos neurodegenerativos potencialmente acentuados pela apneia obstrutiva do sono é uma questão que merece ser melhor pesquisada.

Um estudo relata que pacientes – com Demência de Alzheimer em grau leve a moderado com grave apneia obstrutiva do sono –, tratados com CPAP apresentaram um declínio cognitivo mais lento pelo Mini Exame do Estado Mental, quando comparados com o grupo não tratado. Este resultado reforça a ideia de que o CPAP pode ter um impacto positivo no funcionamento cognitivo na população com demência.

Adriana Leico Oda
Cristina Salvioni
Eduardo Vital
Simone Andrade

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