Disfagia e idosos

A população de idosos apresenta alto risco para desenvolver disfagia orofaríngea, em consequência dos efeitos do processo fisiológico do envelhecimento nas diferentes fases da deglutição.

Saber que pacientes idosos com disfagia tendem a ficar mais tempo internados do que os pacientes sem disfagia, nos faz entender que é de fundamental importância identificar os mecanismos subjacentes responsáveis pelo desenvolvimento da disfagia no contexto do envelhecimento normal, bem como explorar formas para prevenir e reabilitar a disfagia.

A atrofia relacionada à idade (sarcopenia) da musculatura da deglutição tem sido aceita como uma explicação para o declínio da função de deglutição observada com o avanço da idade. Alguns estudos mostram que isto ocorre com a musculatura de língua e gênio-hioideo. Há também o relato do aumento do espaço faríngeo, com o avanço da idade e que quanto maior este espaço faríngeo, pior a constrição faríngea e maior ocorrência de resíduo alimentar em valécula.

Em respeito à fase oral da deglutição, um estudo mostra a relação entre o tempo de mastigação e a classificação da deglutição, demonstrando que quanto maior o tempo de mastigação, maior o grau de disfunção da deglutição em idosos. Em relação à fase faríngea da deglutição, atraso no tempo de disparo da fase faríngea da deglutição e tempo de trânsito faríngeo aumentado foram consideradas medidas preditoras de broncoaspiração.

Adriana Leico Oda
Cristina Salvioni
Eduardo Vital
Simone Andrade

#disfagia #idoso #hospitalizacao #sarcopenia #geronto #alimentacao #respiracao #fono #fonoaudiologia #fisioterapia #fisio #fisioresp #nutricao #nutri #NQ #neuroqualis #equipemultidisciplinar #trabalhoemequipe

Pular para a barra de ferramentas