Fadiga por Compaixão

Você já ouviu falar sobre “Fadiga por Compaixão”?

É preciso também cuidar de quem cuida!

“Existem dois aspectos que permeiam o profissional que exerce trabalho de ajuda individual ou comunitária a seres (humanos ou animais) em situação de sofrimento físico e/ou mental: (1) Satisfação por compaixão (quando o profissional experimenta alegria por ajudar alguém) e (2) Fadiga por compaixão (que envolve sentimentos de esgotamento emocional e frustração com o trabalho). Assim sendo, fadiga por compaixão e satisfação por compaixão são duas dimensões que integram a qualidade de vida profissional.

Fadiga por compaixão é uma síndrome de exaustão biológica, psicológica e social que pode acometer indivíduos que liberam energia psíquica, em forma de compaixão, a outros seres (humanos ou animais) por um período de tempo, sem se sentirem suficientemente recompensados. Em outros termos, é um esvanecimento crônico do cuidado e da preocupação com o outro devido ao uso excessivo dos sentimentos de compaixão.

Alguns profissionais são mais vulneráveis à fadiga por compaixão, não somente porque lidam diretamente com seres em sofrimento, mas também porque a empatia e a compaixão são elementos essenciais para a realização eficaz de suas atividades. A compaixão é uma ação altruísta que move o indivíduo a aliviar o desconforto alheio. Por sua vez, a ação altruísta envolve uma preocupação empática (empathic concern), que é a capacidade de se colocar na situação do outro.”

Fonte: BARBOSA, Silvânia da Cruz; SOUZA, Sandra; MOREIRA, Jansen Souza. A fadiga por compaixão como ameaça à qualidade de vida profissional em prestadores de serviços hospitalares. Rev. Psicol., Organ. Trab., Florianópolis, v.14, n.3, p.315-23, 2014 .

E-mail: cursos.neuroqualis@uol.com.br

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